Arquivo do dia: 02/02/2009

01 de Fevereiro – Domingo

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Fiz por merecer a Bacalhoada à Gomes Sá, na Taberna do Baltazar, Rua Oriente esquina com Caraça, na Serra, perto Minas II. Também fiz por merecer as Serras Malte acompanhadas de bolinhos de bacalhau que antecederam a bacalhoada e o pastel de Belém com café que a sucederam. Nada fiz, entretanto, para merecer a companhia dos fiéis escudeiros de sempre, Humberto, Chico, Vilminha e Mariana, e do Roberto.

A companhia da Cristina …, é outra história; afinal ela é a musa do blog e já prometeu sambar em cima da mesa, quando completarmos o Hh número 100. Não percam!

         Mas não foi apenas eu que fiz por merecer a bacalhoada; a Marina também mereceu. Ela passou no meu apartamento, às 7 horas da manhã e às 7:30 horas já estávamos fazendo a nossa já tradicional volta dominical na Lagoa da Pampulha, quando gastamos as regulares três horas e meia para andarmos os dezoito quilômetros, fazendo uma única parada para uma água de coco.

         Está faltando, com certeza, regularidade nesta nossa empreitada que hoje sentiu a falta do Chico, que sempre está conosco. Quando estamos com preguiça fazemos a caminhada no alto da Afonso Pena ou no Parque das Mangabeiras. Perdemos muitas companhias nestas caminhadas devido ao horário em que temos que acordar em pleno domingo, mas é o horário mais agradável. Quando a orla da lagoa começa a encher de gente, já estamos terminando a nossa volta.

         Não paramos de conversar por um único instante enquanto caminhamos e chega a faltar assunto quando uma caminhada acontece muito perto da outra.

         O Baltazar é um típico bar para quem o observa pelas mesas situadas  do lado de fora e um típico restaurante para quem o vê pelo lado de dentro. Sentamos-nos nas mesas externas para aproveitar a brisa fresca que soprava na sombra do lado da Caraça, no meio-dia da quente tarde de hoje.

         É um dos bares/restaurantes já tradicionais de Belo Horizonte, serve uma das melhores comidas portuguesas da capital e é administrado pela viúva e filhas do Manoel Baltazar.

Já foi localizado na Avenida Estevão Pinto, onde durante muitos anos, o Manuel Baltazar, servia pêéfões para o pessoal da redondeza e vendia um sanduiche feito de pernil com pão esquentado na chapa e bolinhos de bacalhau. A alta qualidade das comidas servidas na mercearia, nesta época, já indicava a qualidade que o futuro restaurante teria. Neste endereço funcionava também um supermercadinho que vendia rodos, vassouras, baldes, etc., além de gêneros alimentícios.

Marquinhos, Oscar e Cabeção, que moravam por perto, eram fregueses do Baltazar na mercearia, quando não conseguiam arregimentar uma mulher para cozinhar para eles, trabalho este que elas faziam sem esperar remuneração em dinheiro, mas na esperança de ver cumprida a promessa que eles faziam de proporcionar a elas, digamos assim, prazeres carnais.