Arquivo do dia: 05/06/2009

04 de Junho – Alambique Butiquim Mineiro

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     Hoje eu me sentei à mesa com os Corrêa, para minha satisfação e para meu orgulho, em um bar escolhido por eles. Desde o começo do ano aguardo por este momento e só agora deu certo.

     Para quem ainda não sabe, os irmãos Corrêa (Eraldo, Eliseu, Eduardo, Tatau, Noeninho, por ordem de idade), primos meus, se reúnem a quase vinte e cinco anos, toda primeira quinta-feira de cada mês em um bar para confraternizarem. Admitiram o Lineuzinho, sobrinho deles neste seleto grupo e hoje o Nô falhou e Eraldo chegou depois da foto.

     Eles escolheram hoje ir ao Alambique Butiquim Mineiro que fica na esquina de Pium-í 726 (3227-0801) com Passa Tempo, numa esquina em que tem o Bar da Neca na esquina em frente e o Café Carmo na outra esquina. Logo embaixo tem a Cia do Boi, o Albano e a Marilia Pizzaria. É tipo um Triângulo das Bermudas, se alguém passa por lá certamente será tragado por algum desses bares.

     Quando fui embora, às 22 horas, ainda tinha gente chegando para ocupar mesas nos ainda cheios bares desta região; não sabia que tanta ficava em bares em Belo Horizonte numa noite fria de quinta-feira.

     O bar, cujos donos detêm a marca da cachaça Germana, foi inaugurado a menos de dois meses e tem aquele estilo de simples chique, com madeiras de demolição no teto, coleção de cachaças servindo de decoração no alto das vigas do telhado, grandes tonéis servindo de mesas e um barulho dos infernos que impossibilita uma conversa entre quatro pessoas que sejam em uma pequena mesa.

     Destaque para o prato executivo da segunda-feira (costelinha caramelizada com risoto de couve e umbigo de banana), o Ora-pra nóis (pernil flambado na cachaça com ora-pro-nóbis e pão-de-queijo) e as sobremessas doce de leite com queijo minas e goiabada cascão com requeijão cremoso. E para o Choop Geramana.

     Tudo no ambiente é feito para indicar que estamos em Minas Gerais, desde as três palavras do nome, a presença do limão capeta no Chouriço Capeta, a carne de sol com abóbora, as cores barrocas dos banheiros, a informação “trens pra comer” e “trens pra beber” no cardápio, até o triângulo vermelho da bandeira mineira.

     Eduardo, com sua cabeleira branca, contrapondo com a quase branca do Tatau, me contou que já não é mais o mesmo, que já não consegue beber como antigamente; que depois da décima cerveja tem que mudar para o uísque.  Quando cheguei, por volta de vinte horas, ele já tinha bebido as suas dez cervejas e já estava no Red.