13/6/10 – D’Istinto

Apesar da existência da apóstrofe indicar que o nome do restaurante poderia significar “Do Instinto” já que em italiano esta palavra se grafa “istinto”, percebe-se que não tem nada de instintivo neste lugar. Tudo é planejado para ser um lugar muito distinto mesmo, adequado para um almoço atrasado, comemorativo do dia dos namorados para quem já está casado há muitos anos.

Com uma decoração muito despojada, a distinção fica por conta da calma que exala do ambiente, bastante adequado para encontros íntimos. Os vários ambientes resultantes da transformação da pequena casa antiga, localizada na Rua São Domingos do Prata, 405, no Santo Antonio, permitia que gargalhássemos – como na antiga novela, éramos seis – durante o almoço, sem incomodar as pessoas que estavam na mesas dos outros ambientes.

Esta é quarta vez que vou a este restaurante, inaugurado a mais de três anos, e foi lá que entendi – na primeira ida – o verdadeiro significado de um risoto. Foi a partir desta experiência que passei a ser um chato na avaliação de outros risotos, a ponto de resolver aprender os mistérios deste prato.

E me encantei com a possibilidade de comer um Cordeiro ao molho de balsâmico e risoto de figo seco ao conhaque (R$59,00) e constatei que meu paladar ainda não está preparado para este molho. Se eu fosse cozinhar o risoto pra mim, teria reduzido a quantidade de conhaque. No entanto, bastou uma garfada no meu prato para o paladar da Cristina sentenciar: É o melhor risoto que já provei!

Todos saímos muito satisfeitos com a escolha, não sem antes degustar com o Lucas um Romeu e Julieta lá fora como manda a regra, acompanhado de um café gentilmente trazido pelo Gera.

Para se ter uma idéia do clima possibilitado pelo ambiente, basta observar os diversos comentários que já foram postados pelos companheiros de mesa, antes mesmo deste atrasado texto ser postado.