07 de setembro – Casa dos Contos

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Segunda-feira normal é dia de muitos bares não funcionarem; segunda-feira com feriado, nove horas da noite, a coisa fica preta. Tinha saído da apresentação do espetáculo Imã do Corpo e a salvação foi a Casa dos Contos que abre todos os dias da semana.

Lá estava ela, como sempre esteve, desde 1975, no mesmo endereço (Rua Rio Grande do Norte, 1065, Savassi, 3261-5853), com o mesmo formato, tradicionalíssima, ostentando na parede exposição de quadro de diversos artistas e os títulos de restaurante mais tradicional de não sei que ano, por não sei qual instituição.

Lá estava ela com seu salão interno que funciona mais como restaurante e a sua varanda de duas filas de mesas, que funciona como um bar para um agradável happy-hour. Esta que é uma das varandas mais gostosas e aconchegantes da cidade, com uma fila de mesas bem próxima da rua e outra próxima da casa, deixa os fregueses longe e perto da rua, ao mesmo tempo.

Lá estava ela como um dos redutos da culinária tradicional de BH. Oferecendo seus tradicionais pratos: filé ao molho de gorgonzola, filé surprise, filé mignon recheado com presunto e queijo, lasanha à bolonhesa, filé à cubana, etc. Dizem que não existe concorrente na cidade para o arroz piamontês.

A Cristina pediu uma sopa de cebola (R$12,90) e se deu mal porque estava muito salgada; o garçom ofereceu outra, mas ela, que já tinha comido a metade, agradeceu e não aceitou.

Eu fui de Filé de peixe a dorê, molho ao sugo, purê de batata, mozarela e arroz (R$21,00), mas só quando chegou foi que me lembrei que não gosto de molho ao sugo, principalmente quando vem com muito extrato de tomate. Quando o arroz está frio e o purê de batatas está sem tempero algum, complica legal.

Mais sorte teve o André com sua Lasanha Patcio (R$18,00), feita com massa verde, molho Parma, lombo e bacon defumados, molho rose, gratinada com parmesão. Tá certo que o meio da lasanha estava frio e teve que voltar para esquentar, mas estava saborosa.

Não conseguiu manter a tradição de segurar a freguesia que, nas décadas 70 e 80, era composta por intelectuais mineiros e hoje é formada por pessoas que buscam outra qualidade da casa: o preço honesto. É lembrado como restaurante para ir com os pais aos domingos; o que será que isto significa?

Preço tradicionalmente honesto que está comprometendo a qualidade.

2 Respostas para “07 de setembro – Casa dos Contos

  1. Caro blogueiro,

    este lugar tem um sabor especial pra mim: saiba que foi aí o primeiro encontro casual desta comentarista com o Sr. Marido, que neste dia me apresentou dois meninos que iriam, em pouco tempo, frequentar meu colo, rsrsrs…na ocasião, falei:

    “Mas que meninos mais quietinhos”

    Ao que ele respondeu, bem debochado, do jeito dele: “É fome!”

    Dias depois foi também aí a primeira saída oficial, com ares de namoro à vista.
    Mesa na varanda, com direito a “Madalena, Madalena, você é meu bem querer”…com aquele grupo noturno que nos surpreendia com música e a bem vinda rodada de chapéu.

    Não deu outra. Sr. Amigo, em pouquíssimo tempo, virou Sr. Namorado, que em “longuíssimo” tempo virou: Sr.Marido!

    Só posso gostar desta “Casa dos Contos”, que rendeu Romance de páginas bem interessantes.

  2. Eu visualizei direitinho o Gêra falando: “É fome!”

    Muito bom…

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